Os assassinos estão livres...nós não estamos!"
Hoje eu fiquei com vontade de escrever. Estava calmamente sentada na sala de casa quando um vizinho me contou que uma amiga dele quase morreu em um assalto a ônibus ontem à noite. Contou que o motorista arrancou com o carro, o ladrão atirou e quem morreu foi o rapaz ao lado dela. Murchei.
Não conheço o rapaz, não sei o seu nome, mas imaginei que uma pessoa trabalha o dia inteiro, ou estuda, pega um ônibus para casa no fim da noite e morre no meio do caminho, vítima de uma frustração de um assalto. É angustiante e revoltante ao mesmo tempo. O rapaz em questão foi morto pelo ladrão e pelo sistema. Isso mesmo, morto pelo sistema, que não oferece o mínimo de segurança a população.
Cada vez que ouço uma notícia como esta, fico deprimida. Dei uma olhadela no caderno de cotidiano dos jornais e metade das notícias referem – se à violência urbana. Onde vamos parar?
Temos um país onde os governantes preocupam – se apenas com os problemas monetários, os investidores e o banco mundial, enquanto a população morre a míngua por forme, doenças e violência gratuita. Beira – mar domina tudo, e o país se volta para tentar controlar suas atitudes. Alguém realmente acredita que ele não sabia que teria sua segurança reforçada se mandasse seus desafetos pro espaço? Alguém realmente acredita que ele não tem esquemas montados a longo prazo em todo país? Alguém realmente acredita que apenas detendo o dito cujo o Rio está salvo da bandidagem? E o resto do país?
Aqui pessoas inocentes morrem em ônibus enquanto o governador sustenta as empreiteiras com a obra de uma BR que parece não acabar nunca. A polícia está desmoralizada, e os bandidos matam pra sair no jornal. Que palhaçada!!!!!
O crime está realmente compensando: fecha escolas, controla horários de aula em universidades, decide quem pode ou não entrar em determinados locais, cala a boca de jornalistas com ameaças. E ainda dizem que quem manda no Brasil é Roberto Marinho - se ainda vive - e sua Globo...