Vamos celebrar a estupidez de todas as nações...
Não se trata de preguiça ou falta de assunto, é que o início da guerra simplesmente me deixou emudecida. Falo pouco e observo, embasbacada, como as pessoas seguem suas vidas normalmente com tanta gente morrendo inocentemente do outro lado do mundo. Quando falo inocentemente não me refiro apenas a civis, mas aos jovens dos dois exércitos, que estão perdendo suas vidas em uma guerra que não foi gerada por eles.
Mas uma coisa que realmente me impressiona é como a imprensa trata o assunto. Todos os dias eu leio nas capas dos periódicos “número de baixas”. É inacreditável. O que é “número de baixas”? É o número de seres humanos mortos no conflito? Não parece. A sensação que esta expressão passa é de que qualquer coisa, menos vidas humanas, estão sendo tiradas. Nem respeito se tem mais por quem perde a vida gratuitamente.
É que são tantos, não é? Todos os dias. Em todos os lugares do mundo. Por guerra, fome, violência, estupidez. Estupidez. Vidas são trocadas por petróleo, água, egos doentes, patriotismos, chefes de estado que não merecem os títulos que têm. Não merecem. Foi vergonhoso ver, o que as pessoas chamam de líderes, vendendo apoio aos governos americano e iraquiano. Uma verdadeira batalha por quem daria mais. Enquanto as milhões de pessoas, que os elegeram, pediam nas ruas que a guerra fosse evitada e não receberam atenção.
Alguém, além de mim, tem a sensação de que o barulho que a ONU fez perante G.W. Bush, para evitar a guerra, não passou de um teatrinho? O que era aquela bandeira americana fincada em terras iraquianas? Um aviso declarado de que um novo processo de colonização começou há muitos anos e que só agora estamos notando? Qual será o próximo país do oriente a ser invadido e depois violentado culturalmente pelos colonizadores ocidentais?