Ana que escreve Ana...
Engraçado, todas as vezes que eu estou assim meio murcha e entro no blog da Ana encontro algo que me diverte ou que me consola. Pois, hoje, ela, sem querer, revelou talentos que eu não conhecia. Além disso, enquanto eu pensava em como preencher esse vácuo que paira em volta, entrei em um link dos posts dela e fui levada a uma terceira faceta daquela menina. Lá encontrei uma das mais belas definições do que é ser Ana. As palavras dela me traduziram tanto...tanto...que não resisti e as trouxe para cá...
Para quem quer saber que eu sou
Eu sou Ana
Ana que perdeu o rumo.
Ana que largou a guia.
Ana que saiu do prumo.
Ana Marítima. Ana Legítima.
Pra quem quer saber quem eu sou,
Eu sou Ana
Ana da noite e do dia.
Ana do ceticismo e da magia.
Ana do silêncio e da palavra.
Sou Ana, algoz e escrava.
Ana da duvida e da certeza
Ana da pantomima e da franqueza.
Ana da indiferença e da simpatia
Sou Ana, momento e nostalgia.
Ana da luz e do breu
Ana da posse e do teu.
Ana da escuridão e do espelho
Sou Ana, preto e vermelho.
Ana do murmúrio e do grito
Ana do repugnante ao mais bonito.
Ana do desprezo e do desejo
Sou Ana, punho e beijo.
Ana eu sou,
Ana da rota incerta
Ana da direção errada
Ana de Norte a Sul
Ana de Recife a Istambul
Ana do mundo inteiro
Eu sou Ana do Rio de Janeiro
Ana que foi covarde.
Ana que sentiu saudade.
Ana Letárgica. Ana Nostálgica.
Para quem quer saber quem eu sou
Eu sou Ana
Ana que fugiu da dor.
Ana que já voltou.
Ana que desceu na lama.
Ana de sentir dó.
Ana de toda cama.
Ana de um amor só.
(Ana Paula Mangeon)