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sábado, julho 16, 2005

Luxo da Aldeia...

Estou super ansiosa. Amanhã viajo para fortaleza para apresentar meu trabalho de iniciação científica na SBPC. É aquele sobre os jornais recifenses. Eu pesquisei os periódicos que circularam entre 1941 e 1971, mas vou apresentar o projeto todo, que inclui os estudos de mais duas amigas - Sildelane e Isabelle - que pesquisaram os períodos de 1904 a 1940 e 1972 a 2004, respectivamente. Sendo assim, toda a pesquisa vai de 1904 a 2004.

Acreditem, é excelente pesquisar história da imprensa. Achei um texto do meu tio - avô, Irineu Ferreira, na Folha do Povo ao lado de um artigo de Francisco Julião sobre a Reforma Agrária em Recife. O ano era 1959. Foi super emocionante!!! Queria ver se encontrava os textos do meu pai e do meu avô - que eu não conheci. A questão é que naquela época, para não ser perseguido, o pessoal precisava usar pseudônimo ou não assinar as matérias. Que coisa triste. Se bem que hoje em dia ainda encontramos muitos casos assim.

Por sinal, além dos casos da censura no Brasil, alguns dos quais registrados pela Revista Imprensa deste bimestre, temos o caso da jornalista americana que foi presa por não revelar o nome de uma fonte. Eu devo dizer que isso é um perigo enorme para a atuação profissional e não consigo deixar de lembrar da frase de Al Pacino no final de O Informante: "o que eu vou dizer para as minhas fontes, agora? Como elas irão acreditar na minha promessa de sigilo?". Parece que alguns setores da justiça americana estão ficando a imagem e semelhança de seu presidente.

Deixo aqui um abraço e uma canção em homenagem à terra boa que vai nos receber: o Ceará!

Terral
Ednardo

Eu venho das dunas brancas
Onde eu queria ficar
Deitando os olhos cansados
Por onde a vida alcançar

Meu céu é pleno de paz
Sem chaminés ou fumaça
No peito enganos mil
Na Terra é pleno abril

Eu tenho a mão que aperreia, eu tenho o sol e areia
Eu sou da América, sul da América, South America
Eu sou a nata do lixo, eu sou o luxo da aldeia, eu sou do Ceará

Aldeia, Aldeota, estou batendo na porta prá lhe aperriá
Prá lhe aperriá, prá lhe aperriá
Eu sou a nata do lixo, eu sou o luxo da aldeia, eu sou do Ceará

A Praia do Futuro, o farol velho e o novo são os olhos do mar
São os olhos do mar, são os olhos do mar
O velho que apagado, o novo que espantado, vento a vidaespalhou