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terça-feira, setembro 03, 2002

Conflitos rotineiros...

Há dias em que a alma entra em conflito com si mesma, e não consegue ter forças para superar o desânimo e cumprir as obrigações. A vida por aqui virou uma lista de expectativas lutando contra o tempo e as adversidades. O sono anda demorando, sempre adiado por uma lista interminável de pensamentos que se sucedem, tentando encontrar espaço para tudo. É a briga da vontade com o dever.

Queria dormir, mas antes é necessário organizar a agenda da semana, e separar espaço para os textos, os livros, as cartas, as buscas e ainda encaixar, dentro deste turbilhão de informações, espaço para as desordens emocionais que precisam de solução. Queria um tempo. De novo?
Dessa vez não vai ter tempo, por que este está correndo, e toda vez o rumo é desviado. Chega de dar tempo! É necessário dosar o que se tem para todas as coisas. Um novo desafio. Soa excitante e doloroso.

Tem um adolescente brigando com um suposto adulto neste espaço e o embate está cada dia mais acirrado, e a alma não decide se continua sonhando ou se coloca os pés no chão. Esquisito...havia um tempo em que o lado adolescente estava plenamente ativo, logo em seguida, por três ou quatro nos, o lado adulto aflorou derrubando uma série de paranóias infundadas. E agora os dois coabitam o mesmo espaço, mas não harmonicamente. A sensação de sentí – los em plena guerra foi forte diante do mar olindense. Liberdade e prisão. E Deus estava nos quatro cantos observando...quem não acredita, perdão, esta essência aqui acredita.

E quando chega em casa, o cansaço quase sempre acaba vencendo as boas intenções, mas é preciso ter força (como diz a música) e acaba – se por enfrentar o restante das tarefas cotidianas. E mesclam – se atividades e espera. Tem coisas que o “eu” queria entender. Mas a compreensão das entrelinhas é a coisa mais difícil da face terrestre, pois o desejo é parcial e não permite que se tenha uma visão transparente do fato, haverá sempre a barreira do “E se...”.

O sono chegou...e amanhã tudo recomeça outra vez.