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quarta-feira, dezembro 11, 2002

Reflexões de um dia com cheiro de festa...



Engraçado. Hoje, quando eu cheguei na casa da minha avó para a minha "festinha de aniversário", a família estava dividida em uma polêmica: dizer ou não dizer a idade que se tem. Eu particularmente acho uma bobagem essa coisa de esconder a idade. Agora tenho 25 e confesso que concordo com a Martha Medeiros quando ela diz em sua crônica “De saia curta”, que a medida que o tempo passa as mulheres ficam muito melhores.

Lembro – me que quando tinha 18 anos fui para São Paulo prestar vestibular de engenharia na UNICAMP. Em um dos meus dias de descanso acompanhei uma amiga até os postos de venda de ingressos para os shows do Hollywood Rock. Ela queria ver Chico Science. Na fila do ingresso, conhecemos uma garota chamada Maira, e ela nos acompanhou depois que saímos de lá; e não sei porque motivo acabamos por passar o dia inteiro juntas, conversando sobre coisas da vida.

Na época, a Avenida Paulista abrigava a Subway em um dos prédios mais bonitos que eu já vi. Estava chovendo muito e esperávamos o temporal passar quando a Maira comenta que se aos 18 anos as pessoas tivessem a maturidade emocional que se adquire aos 25, a fase dos 18 seria muito melhor. O conselho dela para nós era desencanar e viver as coisas da melhor maneira. É claro que quando se chega aos 25 a gente percebe que as paranóias continuam quase intactas, como diz um amigo meu. Porém, a gente cresce um pouquinho e de repente começa a perceber que não precisamos carregar isso conosco para o resto da vida. Parafraseando a Martha Medeiros, mais uma vez, não é preciso ser “uma seqüela ambulante” eternamente.

E nisso Maira tinha razão. Toda a razão. Ela queria dizer que não é saudável carregar determinadas coisas nas costas o resto da vida. É claro que seria muito bom ter vivido aquela fase com esse pouquinho a mais de lucidez. Mas cada coisa tem seu tempo...e talvez seja por isso que precisamos curtir cada fase para descobrir o que de bom cada uma delas nos traz. A Maira tornou – se uma das minhas melhores amigas. Eu a tenho como minha irmã mais velha, uma pessoa com quem dá vontade de sentar e conversar durante horas.

Por falar em boas amigas e boas conversas. Ontem eu tive a oportunidade de conhecer um ser humano incrível. Quando eu saí da aula de literatura, peguei carona com uma colega de turma e ela propôs que fossemos a algum lugar tomar alguma coisa antes de ir pra casa. Eu aceitei o convite, não estava com pressa de vir para casa. Pense numa conversa legal! Sabe quando, às vésperas de fazer aniversário, você ouve aquilo que precisa ouvir, de alguém que você mal conhecia? Eu recebi uma verdadeira aula de otimismo, auto – estima e força de vontade. Foi muito bom!!!

Quando cheguei em casa de madrugada, já tinha email do Marcelinho desejando Feliz Aniversário. Foi tão meigo!



E hoje eu recebi um telefonema da Najla. Ela mora em Floripa, agora. Me ligou na casa da minha avó para me dar os parabéns. Eu fiquei muito feliz, porque ela é uma pessoa que eu também conheci de forma muito pouco comum. Há quase um ano, o Marcelinho me falou de um site que ele escrevia lá em Porto Alegre: o Argumento

Um dia ele me disse que o pessoal aceitava textos de outras pessoas e que eu deveria tentar escrever algo. Nisso, Eduardo Toledo me manda um email com uma frase do Mario Quintana que dizia assim:

"Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia primeiro de cada mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas recomeça".

Essa frase me deu uma súbita inspiração. Escrevi um texto
e enviei para o Argumento. O pessoal gostou e publicou. A Najla, que na época morava em Brasília, leu e me escreveu comentando que havia adorado o texto. Foi o começo de mais uma boa amizade, que eu prezo com muito carinho até hoje, porque são pessoas que demonstram o quanto a gente é importante na vida delas.

Sempre, nesta data, eu lembro de todas as pessoas que eu amo, que são especiais e importantes para mim. Nem sempre elas lembram do meu aniversário, mas isso não tem importância, porque algumas vezes eu também esqueço do delas. Mas o essencial é que elas sempre dão um jeito de me fazer sentir especial, em qualquer época do ano. É isso que importa!

* Marcelinho, Vic e Cris, obrigadinha de coração pelos contatos!
* Carol e Vivi, valeu as músicas em minha homenagem no Coquetel Molotov. Eu não pude gravar o programa, então, por favor, me mandem os nomes das canções para que eu possa baixar e guardar aqui comigo de recordação.
* Quem for engenheiro e arquiteto: MEUS PARABÉNS!!!! Dia 11 de dezembro é também dia desses profissionais. Embora eu tenha deixado a área, não esqueço dos meus “ex – futuros colegas de profissão”...ehehe.