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terça-feira, janeiro 21, 2003

Kate & Leopold



Comédia Romântica com Meg Ryan é certeza de risadas e coração aliviado. É o tipo de filme que você sabe exatamente como começa e termina, mas mesmo assim não deixa de assistir. Kate & Leopold não é diferente. O que chama a atenção neste é que a possibilidade de uma estória de amor com aquela acontecer é tão remota quando se achar um portal para voltar no tempo.

1826, se não me engano. Época em que se encontra um Hugh Jackman – alguém lembra do Wolwerine? – como o perfeitíssimo candidato a marido Leopold. Um nobre cuja família inglesa está em decadência e seus tios o levam para a América para que ele escolha uma noiva de posses. No dia da escolha, o duque, que é cientista, é surpreendido pela presença de um estranho portando uma máquina fotográfica em sua cidade. Seguindo o rapaz, Leopold acaba caindo junto com ele em um portal que os trazem para o futuro, para uma New York bem moderna e desenvolvida. O rapaz chama – se Stuart, é um ex – namorado grosseiro de Kate (Meg Ryan) – que por sinal demonstra um aspecto estranhamente envelhecido no filme – e mora no andar de cima do mesmo prédio da moça.



O desenrolar da história é simples. Stuart é tirado de cena por um acidente no vão do elevador – não sei como ele não morreu, qualquer um teria morrido naquela queda – e a casa fica habitada apenas por Leopold e um cachorro. A ligação entre o Duque e a mocinha dá – se pelo irmão dela, Charlie (Breckin Meyer), que pensa ser Leopold um ator e por ser esta sua profissão, os dois acabam virando amigos.

Uma coisa interessante do filme é que se tenta mostrar que todas as meninas gostam – ou deveriam gostar – de homens inteligentes, sinceros, gentis e bem educados. Vê – se isso claramente quando Leopold ensina Charles a conquistar a indecisa Patrice, nos suspiros que ele causa todas as vezes que adentra uma roda feminina ou nos detalhes da pesquisa feita por Kate em que o público feminino aprova o bonitão como garoto propaganda de uma margarina dietética. Pois é, Leopold arrasa todos os quarteirões, chega em uma cidade no futuro, fica na casa de um estranho, conquista ex – namorada dele, fica amigo do irmão dela, vira garoto propaganda de um produto dietético famoso, ensina aos homens como conquistar uma mulher...



O resto da trama é previsível, mas não consegui entender ainda aquele final. Como é que Kate é parte do passado e do presente ao mesmo tempo? Como pode ser ela irmã de Charlie e ter sido namorada de Stuart se ela era sua tatatatatatatatatataravó? Bem, mas é demais esperar que uma comédia romântica seja racional não é mesmo? Seria como pedir um marido com todas as qualidades de Leopold e a beleza de Hugh Jackman. Homem perfeito como aquele não se encontra nem colocando todos os Santo Antônios do planeta de cabeça pra baixo. Mas isso não é ruim. Como diz Marcel Nadale, é melhor ter ao lado um sapinho para poder transformar em príncipe, do que ter um Leopold que vire sapo.