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domingo, agosto 10, 2003

Querido Caio...



Finalmente ganhei o livro de cartas de Caio Fernando de Abreu. Fiquei tão feliz que parei tudo o que estava lendo para devorar as páginas escritas por ele. Gente, é lindo! Lindo!!! As cartas para Jaqueline Cantore são as melhores. É claro que li poucas. Mas são as melhores, até agora. Para ela, Caio abre o coração. Foi em um processo desses que ele contou uma situação de sua vida que acabou virando, com algumas metáforas, o conto “Saudades de Audrey Hepburn”, que saiu no mesmo livro de “Sem Ana, Blues”, Os Dragões Não Conhecem o Paraíso.

Eu lembro de ter ficado particularmente intrigada com esse conto. Ele deixa diversos espaços sutilmente escondidos nas entrelinhas, nebulosos, que me inquietavam e a carta esclareceu todos eles. Não que ele conte exatamente tudo o que aconteceu, a questão que ao ler a carta minha cabeça remontou todo o conto e as brechas foram fechadas. Eu quase tive uma crise histérica, de tanta felicidade, quando eu encaixei as peças. Fantástico! Absurdamente fantástico! Caio era um Deus literário em disfarce humano...