Acabei escrevendo sobre a exposição Panorama da Arte Brasileira 2003 - que vi no último mês no MAMAM - para a próxima edição do Rabisco. No entanto, não pude falar mais sobre a beleza de uma instalação que me deixou completamente enfeitiçada...e olhe que ela não nem um pouco novinha...foi criada por Umberto Costa Barros em 1969, para o III Salão de Artes Plásticas, realizado naquele ano na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da UFRJ.
O que, de fato, me deixou babando por essa construção foi a composição. A maneira como ele utilizou giz, que é um material aparentemente frágil e madeira que, ao contrário, mostra um aspecto bem forte, para realizar o trabalho. Fiquei um bom tempo pensando que maravilhas a gente pode fazer quando conhece bem as possibilidades e as limitações de um determinado material e une isso ao nosso conhecimento de equilíbrio ou de qualquer outro tipo de ciência.
Por isso acho tão engraçado quando as pessoas dizem que física, química e matemática não servem para nada. Para mim, elas são chaves para mundos completamente fascinantes. As obras arquitetônicas, que todos babamos, só podem ser realizadas a partir de um bom conhecimento das aplicações dessas áreas. E quando eu vejo algo desse tipo me derreto, pareço uma criança...ai ai...

Instalação de Umberto Costa Barros
Os bancos estão equilibrados com giz