Não aguento mesmo!...
Quando eu leio uma coisa dessas minha alma revira de raiva. Raiva dessa brutalidade! Raiva dessas criaturas que usufruem do corpo alheio de maneira insana, levando a situações desse porte. E eu vou parar por aqui porque a vontade de chorar e gritar de revolta é tão grande que nem dá para descrever. Mais uma coisa: não criem seus filhos para cometer atrocidades desse tipo.
Iraquianas estupradas na prisão cometem suicídio
Publicado em 29.05.2004 - Jornal do Commercio PE
BAGDÁ – Organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram ontem que detentas iraquianas foram vítimas de humilhações e estupros na prisão de Abu Ghraib e algumas cometeram suicídio ou foram assassinadas por suas famílias depois de libertadas, para lavar a honra.
Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), 30 mulheres estavam presas em Abu Ghraib em outubro de 2003. “Uma ex-presa, que identifiquei pela letra ‘P’, me contou sobre o estupro de sua companheira de cela em Abu Ghraib”, explicou Imán Khamas, que coordena em Bagdá a organização não-governamental International Occupation Watch Center.
“A vítima me afirmou que foi violentada 17 vezes em um mesmo dia por policiais iraquianos na frente de soldados dos EUA. Ela ficou inconsciente durante 48 horas”, completou Khamas.
Mohamed Daham al-Mohamed, presidente de uma associação iraquiana de detentos, citou um episódio semelhante. Segundo ele, uma jovem ajudou sua irmã, mãe de quatro filhos e presa em dezembro, a cometer suicídio há três semanas, depois de ter sido estuprada várias vezes pelos guardas penitenciários de Abu Ghraib diante de seu marido. Na sociedade iraquiana, o estupro é uma humilhação para toda a família.
Há relatos também de três jovens camponesas que foram estupradas na prisão e engravidaram. Elas teriam sido mortas por sua família ao retornarem para casa. Questionado sobre as acusações, o general Mark Kimmitt, subchefe das operações militares no Iraque, afirmou: “O departamento de prisões da coalizão declarou não estar a par de tais informações”.
A maioria das mulheres presas é acusada de ligação com o Partido Baath, do presidente deposto Saddam Hussein, ou de financiar a guerrilha.
Ontem, num dia em que foram retomados os combates entre rebeldes e forças da coalizão em Najaf, dois jornalistas japoneses e provavelmente seu tradutor iraquiano foram mortos num ataque com granadas ao sul de Bagdá.