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sexta-feira, novembro 25, 2005

Muito obrigada...

Se vocês não se importam, eu queria começar este post agradecendo a Hugo. Não vai ser apenas a ele, mas eu queria que ele fosse o primeiro da lista. O primeiro porque foi ele quem atirou-se na frente da PM para evitar que me levassem, e acabou sendo arrastado e tendo a imagem manchada pelo contexto dos jornais. Então, em primeiro lugar:

Hugo, muito obrigada. Eu jamais terei palavras, na vida, para agradecer o que você fez por mim. Nem que eu passe o resto dos meus dias arrumando maneiras de demonstrar o meu apreço pelo sacrifício que você fez, eu conseguirei dizer obrigado do jeito que eu queria.

Agora, eu queria dizer muito obrigada às pessoas que deixaram mensagens de força aqui nesta casa e que procuraram divulgar não apenas este, mas outros relatos de pessoas que sofreram (e ainda estão sofrendo) com a brutalidade vista nas ruas, nos últimos dias. Tudo o que foi dito aqui, por telefone, por e-mail, ao vivo, foi muito importante. Na verdade, foi fundamental.

Não apenas para efeito de consolo, mas, principalmente, de reflexão. Eu cresci bastante nos últimos dias e esta experiência acabou por definir caminhos futuros. Então, não poderia deixar de agradecer a todo mundo que aqui esteve, que deixou recados, que não deixou, mas dividiu comigo, de alguma maneira, o resultado dos últimos acontecimentos.

Eu queria parabenizar o pessoal que batalhou bastante durante este tempo, que está lutando, e que ainda vai continuar até reduzir o preço das passagens. Não apenas a população e os estudantes, mas repórteres e fotógrafos, também. Tem muita gente séria trabalhando nas ruas que não tem controle sobre o que é publicado nos grandes jornais, além do pessoal dos veículos independentes, que se esforçam para, em condições nem sempre favoráveis, mostrar outros pontos de vista para a sociedade.

Queria agradecer ao pessoal do Centro Luiz Freire e do Gajop pela força. À Maria Cleidjane, Marcelino Lira e Aline Grego, pelo desdobramento e cuidado ao longo destes dias. Aos meus amigos, pela amizade e a Samarone Lima, pelo exemplo e pela citação, que eu guardarei com muito carinho pelo resto da vida.

Por sinal, este é um momento propício para relembrar que Samarone tem vários livros belíssimos mas, neste momento, eu queria destacar a leitura de Clamor - A vitória de uma conspiração brasileira. Esta obra, que saiu pela Editora Objetiva, mostra a história de uma semente muito boa plantada no Brasil, na época em que as ditaduras militares estavam corroendo a beleza da América Latina.

Por hoje, é isso! Grande abraço e leiam a nova edição do Rabisco, que está linda e tem uma mega reportagem sobre a Mostra Br de Cinema, de São Paulo, além de outras coisas super legais. Beijos grandes!

P.S - Ah! o Rabisco está aqui: www.rabisco.com.br