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domingo, novembro 17, 2002

Sinal de fumaça...

É esquisito ficar procurando, todas as vezes que as palavras querem sair, o tipo de letra que se encaixe com o que se quer dizer. É estranho como faz toda a diferença do mundo encontrar a letra certa. Repentinamente, é como fazer algo correto depois de tanto atropelo. Tem tanta coisa errada, tem tanta coisa que deveria ser dita, tem tanta dúvida que deveria ser esclarecida. A coragem vai embora com o nascer do sol, e só aparece no meio da noite nas tentativas frustradas de um sono contínuo. O que fazer com tanto medo?

Hoje a saudade invadiu este sábado tranqüilo, mas a caixa postal continuava vazia. Foi tão incomum. Faltava alguma coisa. Por sinal, há alguns dias que a mesma coisa está em falta. A falta faz falta de verdade. Na vontade de acertar, se acaba metendo os pés pelas mãos e atropelando tudo. Seria mais fácil saber o que se passa na alma alheia. Uma barra de chocolate com ameixa foi sumindo aos poucos, indicando que havia algo errado (de novo?). Harry Potter vira salvação, pelo menos é uma leitura que prende, e não estressa. Se não fossem os testes, as 300 páginas restantes seriam consumidas em mais um dia ou dois. A casa estava silenciosa. Havia crianças gritando na rua. A cachorra latindo na residência ao lado. Mas cada barulho próximo era recebido com um estremecimento. Perde – se a conta dos sobressaltos durante o dia. O que fazer com tamanha ansiedade?

Tem algo realmente acontecendo...
O coração aperta forte...
A alma está inquieta...
As palavras querem esvaziar a mente...
Pensamentos...saiam pensamentos...
Escondam – se em algum lugar...
Mas não torturem mais...
Sono...sono...sono...
Não vens sono...
Chega sono...
Não se sabe o que fazer...
O que fazer?