Pesquisar este blog

domingo, setembro 14, 2003

Purple! Purple!



Quem não foi para o show do Deep Purple em Recife, com a desculpa de que a banda estava decadente, perdeu. Foi magnífico! Até ontem de manhã eu não sabia que iria, mas saiu a liberação da credencial para o Rabisco, então, eu fui para fazer a resenha da revista. Se bem que eu passei o dia enlouquecida, porque havia a possibilidade de fazer uma entrevista e eu não sabia muita coisa sobre a trajetória da banda. Eu havia escutado algumas músicas, sabia umas poucas coisas, mas não sabia o essencial para elaborar uma entrevista.

Quando recebi o telefonema, pela manhã, avisando que eu deveria fazer a cobertura do show para o Rabisco eu quase despenquei da cadeira. Pensei até em não ir, mas refleti que a minha profissão vai exigir que eu tenha jogo de cintura em diversas situações e que nem sempre um jornalista terá tudo em mãos na hora que for requisitado para uma cobertura. Então, eu pedi socorro a alguns amigos que conheciam melhor a banda e baixei tudo o que eu podia sobre Deep Purple na internet. Passei o dia mergulhada em conteúdos sobre o grupo, quase virei uma expert. Não consegui chegar a esse estágio porque não deu para ouvir os 15 discos de estúdio da banda e muito menos aprender todas as letras e possíveis significados em um dia. Mas saí de casa com uma entrevista pronta, além de um fascínio despertado ao longo das leituras. Fiquei pensando como seria o show de uma banda com 35 anos de carreira que sobreviveu a todos os altos e baixos do rock.

Infelizmente, a entrevista não pode ser feita porque o grupo não estava recebendo a imprensa no local. O pessoal da assessoria foi muito legal conosco, nos tratou muito bem e explicou os motivos pelos quais nós não poderíamos ficar cara a cara com os integrantes após a apresentação. Tudo bem, sem problemas, eu fui para o balcão ver o show e iniciar minhas anotações para a matéria e Flávia se dirigiu para o espaço reservado aos fotógrafos. Tudo correu tranqüilamente, conhecemos pessoas da imprensa de outros estados que estavam fazendo a cobertura, além de ver pessoas de diversas outras mídias que não fazem parte da grande imprensa. Eu gostei muito do trabalho feito pelo pessoal da assessoria do Deep Purple em Recife.

E o show? Nossa! Magnífico. Se o que nós presenciamos ontem é uma banda decadente, então, que todas as bandas cheguem à decadência daquela forma. A performance deles foi competentíssima e Steve Morse é tudo de bom. Não é à toa que ele é considerado um dos maiores guitarristas do mundo (além de ser lindíssimo!). Eu fiquei hipnotizada. Eles tocaram todos os clássicos e algumas músicas do último CD, Bananas. A balada Haunted, que alguns críticos fizeram cara feia, é linda! LINDA! LINDA! Foi um dos melhores shows que eu vi na vida. Não vou comentar mais porque assim eu vou acabar fazendo desse post a minha resenha, mas desde já quem não foi fique sabendo que perdeu um showzão, e poucos aconteceram como esse em Recife. Mesmo sabendo que a Veneza Brasileira agora entrou na rota internacional, eu sei que vai demorar para acontecer algo tão bom quando a apresentação do Purple na noite passada.